terça-feira, 8 de janeiro de 2013


         Projeto sobre o Brincar na Educação Infantil





                     APRESENTAÇÃO:

            Brincar é o principal modo de expressão da infância, a ferramenta por excelência para a criança aprender a viver, revolucionar seu desenvolvimento e criar cultura. Em especial o brincar de faz-de-conta é apontado por diferentes pesquisadores como ligado à promoção da capacidade de imaginar. Proporcionadas ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam superar contradições, motivadas pela possibilidade de lidar com o acaso, com a regra e a ficção e pelo desejo de expressar uma visão própria do real.
            Brincar é uma atividade aprendida na cultura que possibilita que as crianças se constituam como sujeitos em um ambiente que continua mudando.
                                                     “Brincar não é para levar a lugar nenhum, porque quem brinca... Já chegou."                                         (RUBEM ALVES)           
            Atualmente passamos por uma crise muito séria na educação, professores descontentes, pais preocupados e alunos desmotivados. É preciso um novo olhar no papel social e educativo tanto para o lado interno como o lado externo da escola, revigorando as direções, posições e medidas a serem adotadas.
            O primeiro passo a ser dado para melhorar esta crise deve se dar através da modificação nas políticas para a educação, maior valorização do educador entre outros aspectos , além da necessidade da formação continuada dos educadores, o aprimoramento dos saberes em relação ao desenvolvimento de um outro olhar para a ludicidade, como forma de aprendizagem, que na verdadeira se tornar um recurso mais atraente e estimulador para a construção do conhecimento.
            Este projeto apresenta a importância do brincar na educação infantil, pois os jogos e as brincadeiras não são formas mágicas, que possam solucionar todos os problemas da criança, mas ajudam no seu desenvolvimento como ser total, facilitando a descoberta do sujeito dentro de suas singularidades.
            As crianças perpetuam e renovam as culturas infantis, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitoria da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-a a cada novo brincar.
            O faz-de-conta é uma atividade de grande complexibilidade, uma atividade lúdica que desencadeia o uso da imaginação criadora. Pelo faz-de-conta a criança pode reviver situações que lhe causam excitações, alegria, medo, tristeza, raiva e ansiedade. Ela pode trabalhar as fortes emoções, muitas vezes difíceis de suportar. A partir de suas ações nas brincadeiras, explora diferentes representações que tem destas situações difíceis, podendo melhor compreende-las ou reorganizá-las.
            As teorias sócio-construtivistas recebem o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, onde as crianças não são passivas nem meras receptoras das informações que estão a sua volta.
“Na brincadeira infantil a criança assume e exercita os vários papeis dos quais interage no cotidiano. Ela brinca de ser o pai, o cachorro, o motorista, jogando estes papeis em situações variadas.” (OLIVEIRA, 1992; pág 57)

De acordo com Vygotsky (1998), o faz-de-conta é uma atividade importante para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois exercita no plano da imaginação, a capacidade de planejar, imaginar situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras inerentes a cada situação.
“A situação imaginária, de qualquer forma de brinquedo, já contém regras de comportamento, embora possa não ser um jogo de regras formais estabelecidas. A criança imagina-se como mãe da boneca e a boneca como criança e dessa forma, deve obedecer às regras do comportamento maternal.” (VYGOTSKY, 1998; pág. 124)


                                          JUSTIFICATIVA:
         Os Referenciais Curriculares Nacionais trazem, em seus objetivos o brincar na educação infantil, entre o conhecimento e exploração do corpo, os cuidados, a segurança e a autonomia, estão à participação em brincadeiras, objetos e espaços para brincar.
            O brincar de faz-de-conta visa trabalhar de forma lúdica e de vivência, estimulando o raciocínio lógico, a criatividade e auxiliando as crianças no processo de construção do conhecimento. O desenvolvimento deste projeto pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades das crianças de compreenderem e transformarem a realidade. Tendo em vista que, o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ela favorece os desenvolvimentos físicos, cognitivos, afetivos e principalmente a interação e o respeito pelos colegas e amigos.
                                                     “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir.”
(JEAN PIAGET)

OBJETIVO GERAL: 

       Proporcionar as crianças oportunidades de ampliar seus conhecimentos através de atividades lúdicas interativas e de vivencia para que as crianças possam se desenvolver integralmente.

                     OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

·         Estimular novos conhecimentos, habilidades e pensamentos lógicos
·         Apresentar histórias infantis na qual as crianças se identifiquem com os personagens e resolvam conflitos do seu dia-a-dia
·         Proporcionar diversas brincadeiras na qual estimule o respeito, equilíbrio e ritmo nas crianças
·         Proporcionar situações na qual estimule e explore a imaginação da criança no brincar
·         Oportunizar, através das brincadeiras, interação com adultos e outras crianças
              PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
  • Resgatar brincadeiras infantis;
  • Resgatar valores e respeito entre uns e outros;
  • Resgatar a importância do brincar na Educação Infantil;
  • Promover horas do brincar coletivo;
  • Estimular o brincar para explorar sua imaginação;
  • Promover diálogo entre educando e educador;
                              CRONOGRAMA: 

                     
   Observação:
·      Observação do espaço físico da escola
·  Observação do Projeto Político pedagógico da escola, bem como os Planos de Estudos e Regimento Escolar
·      Observação das rotinas diárias da escola
·      Observação dos estudantes em sala de aula
·      Observação da relação professor/estudante
·      Observação dos recursos didáticos disponíveis na escola

Co-participação:
·      Participar do planejamento das atividades diárias da turma
·      Participar das reuniões pedagógicas e administrativas
·      Participar no auxílio do preenchimento do diário de classe e na elaboração de pareceres descritivos das crianças

Regência:
O planejamento é a forma do professor organizar uma ação, um pensamento, uma intencionalidade, traçando caminhos para alcançar os objetivos propostos. O educador pensa e organiza o que irá fazer e o que acontecera durante o dia em sala de aula, tornando - se, necessário que revisem as atividades que planejarem e realizarem, refletindo  se estas foram as formas adequadas ao interesse e à necessidade do aluno.
“ O planejamento é o processo contínuo e dinâmico, de reflexão, tomada de decisão colocada em prática e acompanhamento”  (VASCONCELLOS, 200; pág.80).

Planejar  é um pensamento estratégico do professor, sendo um recurso para elaboração de suas aulas, no qual ajuda a esclarecer e tomar decisões fundamentais preparando e prevendo conteúdos necessários para sua aplicação em sala de aula.   
“A finalidade do planejamento é criar e organizar o trabalho. Por tanto, deve ser objetivo verdadeiro, crítico e comprometido”( VASCONSELLOS, 1995, pág. 60).

O planejamento pode e deve ser um instrumento norteador para o educador infantil, pois ele possibilita um trabalho mais significativo e transformador em sala, tendo em mãos o que possa estimular a curiosidade e interesses entre os educando e no qual irá ajudar a avaliar o desempenho de cada um.
“Planejar é essa atitude de traçar, projetos, programas, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento , de interação, de experiências múltiplas e significativas para o grupo de crianças. Por isso não é uma fôrma! Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para sua prática pedagógica. (OSTETTO, 2002; pág. 177)



                          AVALIAÇÃO: 
A avaliação será realizada através de parecer descritivo, após observar a participação e interesse do estudante nas atividades e jogos propostos, respeitando a fase de desenvolvimento de cada um.

        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANTUNES, Denise Dalpiaz - Disponível em:
http://www.pucrs.br/edipucrs/online/semanaletras/ArtigosNotas_PDF/DeniseDalpiazAntunes.pdf
OSTETTO, Luciana Esmeralda - Planejamento na Educação Infantil. Disponível em:
http://www.komarca.com.br/diariodacreche/planejamento_na_educ.htm
HÜLSMANN, Elisabeth Disponível em: http://wwwelisabethbauerinfancia.blogspot.com/2007/07/planejamento-na-educação-infantil.html
BASEADOS, EULÁLIA, HUGHET, TERESO, SOLÉ, ISABEL - Aprender e ensinar na educação infantil trad. Cristina Maria de Oliveira - Porto Alegre: Artmed: 1999
BRAGA, Ana Lucia de Abreu; ARAÚJO, Nanci Cássia do Amaral - Brincar Faz-de-conta. Disponível em: http://www.profala.com/arteducesp101.htm



domingo, 16 de dezembro de 2012

NATAL: uma festa iluminada


A beleza de ser criança é enxergar o Natal tal como ele é, um momento de fé e esperanças onde a simples ilusão de esperar o Papai Noel, de encontrar o presente debaixo da árvore, de beijar o Menino Jesus no presépio, de festejar a presença dos amigos, primos e avós no jantar de Natal reflete tudo aquilo que mais desejamos.

Deixemos as crianças viverem o Natal através de seus lindos olhos e que possamos ver refletidos neles a criança que um dia fomos e trazê-la de volta nem que seja por um momento para vivermos o verdadeiro espírito natalino.

Devemos lembrar sempre que o Natal é uma festa infantil, pois comemoramos o nascimento do Menino Jesus.

E para curtir este momento, veja um vídeo onde crianças ensaiam uma apresentação natalina.


Geração N: como educar a criança de hoje para um futuro melhor

Rob Asghar, ensaísta e articulista norte-americano, aponta em um artigo recente no Huffington Post o surgimento do que ele chama de "geração N", formada por jovens narcisistas. Para ele, os pais norte-americanos, atormentados pela culpa por trabalhar muito ou por optar pelo divórcio, estão criando filhos sem limite algum. Inseguros, eles temem que o filho não goste deles, cedem a qualquer pedido das crianças e celebram toda e qualquer "conquista" do filho - até uma formatura de pré-escola.

O resultado é uma geração que se sente no direito de tudo, sem precisar trabalhar duro por nada. Rob cita uma pesquisa desenvolvida em conjunto pela San Diego State University e pela University of South Alabama, que concluiu que o narcisismo dos jovens norte-americanos cresceu nos últimos 15 anos - e que os Estados Unidos podem passar por problemas sociais quando estes jovens chegarem à idade adulta e assumirem cargos de poder.

O estudo, que envolveu dezenas de milhares de jovens universitários, detectou traços de "auto-respeito exagerado" e de um "infundado senso de merecimento". Alguns pesquisadores chegaram a afirmar que a crise econômica mundial recente, desengatilhada por decisões de alto risco, já seja um resultado do narcisismo da geração.

Para Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial, esse cenário é comum aqui no Brasil também. Os pais que temem perder o amor dos filhos representam uma inversão absoluta de papéis. "Na minha época - eu tenho 57 anos e minha filha, 32 - eram os filhos que temiam perder o amor dos pais", contrapõe. Hoje, este temor influencia até na transmissão de valores.

Oprimidos pela culpa ou afundados no próprio narcisismo, os pais temem colocar limites em seus filhos e criam crianças que serão eternamente dependentes deles. Sem parâmetros claros, as crianças crescem sem valores: não sabem respeitar os pais, pois nunca ouviram uma repreensão simples como "enquanto uma pessoa fala, a outra escuta". Se alimentam mal e só comem quando querem, pois jamais os pais foram firmes e exigiram que ela se sentasse à mesa durante uma refeição. "Limite é a ética em ação", explica Maria Irene. "Pais e mães narcísicos criam fracos", resume.

Idade da influência

O psicólogo Caio Feijó, autor de "Pais Competentes, Filhos Brilhantes" (editora Novo Século), ressalta a importância do papel de pais e mães nas expectativas e na autoimagem da criança - e alerta que esse poder é limitado pelo tempo. "Os pais só têm uma influência grande sobre os filhos até antes da puberdade, por volta dos 10 ou 11 anos. Depois disso, vem o resultado", diz.

"Dependendo de como os pais conduzem essa influência, eles criarão expectativas nos filhos sobre o que eles podem ou não alcançar", continua. E o estímulo em excesso pode prejudicar tanto quanto chamar seu filho de "burro" ou de "inútil", especialmente quando este estímulo indica uma projeção - por exemplo, aquele pai que é dentista e sempre comenta que o filho "vai ser um dentista genial, igual ao papai", ou aquela mãe que sempre quis ser bailarina, mas não pôde estudar quando pequena, então matricula a filha em aulas diárias da dança, ainda que a menina não mostre o menor talento ou interesse pelas sapatilhas. "A superproteção traz consequências tão graves quanto o abandono", finaliza.

Características da "Geração N"

- Não têm noção de limite;
- Acham que são merecedores de tudo;
- Não sabem se esforçar para conseguir algo;
- Não sabem como agir em situações adversas;
- São criados por pais narcisistas, que competem entre si;
- Não respeitam os outros.

Fonte: iG

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

UM PROJETO APAIXONANTE...


PROJETO: O QUE CABE E O QUE NÃO CABE NA MOCHILA?

Um grupo de crianças muito curiosas, cheias de vontade de descobrir coisas novas. Estas crianças passavam os dias inventando e reinventando seus brinquedos, um jeitinho novo de usar as cores das tintas, uma forma diferente para desenhar suas observações, e a descoberta do mundo de letras dos livros, das histórias e das músicas.
Tudo começou com um livro que tinha o título A MOCHILA DA CAMILA, da autora Gladis M. Ferrao Barcellos, que conta a história de uma menina que ganhou uma mochila da sua avó, e, nesta personagem a Camila colocava tudo o que cabia e o que não cabia na mochila. Bem, lemos a história e agora? Para qual personagem elas nos remetia, a “Menina Camila”,  será? Achamos que não! Foi então que achamos que uma mochila poderia se tornar um ótimo dispositivo para a imaginação das crianças. Mas, como fazer com que ela se tornasse aventureira? Faríamos uma mochila para turma?
A partir de tantos questionamentos e reflexões, resolvemos confeccionar uma mochila para a turma do Nível 6, mas, como trazê-la para sala de aula? Foi então, que em nosso planejamento, visto que era a época da Páscoa, definimos que o coelho iria deixar um presente (seria o livro A MOCHILA DA CAMILA, junto com uma carta) dentro do ninho de diferentes ovos, pois estávamos estudando os diferentes animais que põem ovos e os diferentes tamanhos dos mesmos. Escrever esta primeira carta, nos remeteu a um momento de muitas reflexões, pois queríamos que as crianças com a mesma pudessem entrar num mundo novo, com muita imaginação.
Primeira carta que recebemos, junto com o presente, que era o livro, onde tudo começou a desencadear...
Meus amiguinhos!
Tenho uma amiga chamada Camila e gostaria de contar a história dela para vocês, ela mandou este livro, mas eu também tinha um presente e acabei entregando no endereço errado, mas em breve vocês terão uma grande surpresa.
Abraços do coelho da páscoa.
Quando as crianças receberam esta carta, viu-se que estávamos aguçando a imaginação das crianças de uma maneira muito especial, pois logo queriam saber qual seria o presente que o coelho entregou errado, isto podia se notar nos desenhos que fizeram sobre o que imaginavam que seria o tal presente, como pode se perceber nas imagens abaixo: A imaginação correu a mil, pois imaginaram que o presente era: um caminhão, uma boneca, borboleta, flores e alguns acertaram sem saberem que era uma MOCHILA. Foi um momento de muita magia e encantamentos..
Então depois de tantas hipóteses, no dia que se seguiu, num certo momento da manhã, mais específico, na hora da rodinha, a secretária da escola nos trouxe um pacote que ela havia recebido do carteiro, foi um dos momentos mais marcantes e mágicos para nós professores e principalmente para as crianças, pois as crianças nem imaginavam o que poderia ter no pacote e quem o havia mandado.
Depois de ganhar um presente tão maravilhoso, também havia a festa do Dia das Mães, como envolver a nossa MOCHILA? A partir daqui a nossa Mochila foi se constituindo como personagem, se tornando um verdadeiro dispositivo da imaginação. Foi quando conhecemos o livro “A VACA QUE BOTOU UM OVO”. A partir desta história resolvemos que iríamos criar um teatro maluco. E para isso, precisávamos que as crianças criassem o texto para o mesmo, mas como fazer isso?
Recebemos uma cartinha misteriosa de uma menininha que passou pela nossa escola um dia desses com a mãe e visitou as salas, ela descobriu o nosso projeto e nos mandou o livro, O BICHO QUE EU TIVE, da autora Sylvia Orthof. Após a leitura de umas das histórias contidas no livro, conversamos sobre como será que o pai da menina conseguiu a rã, ou será que o pai encomendou com a cegonha, foi então que falamos que as cegonhas ajudam os bichos a adotar filhotes quando não podem ter seus.
A partir deste diálogo que sugerimos que criássemos juntos uma história maluca, onde a cegonha troca todos os filhotes sem querer, as crianças adoraram e citaram vários bichos diferentes. A partir da história que as crianças criaram, nós professores nos reunimos e transformamos a mesma num teatro, que foi sendo ensaiado durante alguns dias, onde distribuímos os papéis do mesmo entre as crianças, e, foram nestes momentos em que percebíamos o entusiasmo das crianças e a vontade de participar, foram muito legais estes ensaios, pois todas as crianças participaram com muito orgulho e muita concentração, porque queriam fazer bonito para os pais que estariam assistindo.
PRIMEIRO TEATRO
O CASO DA MOCHILA E DA CEGONHA MALUCA
Era uma vez uma cidade onde os animais não podiam ter seus filhotes, eles dependiam da Dona Cegonha que entregava os seus filhotes para as famílias de bichos.
Mas certo dia a Dona cegonha foi para uma tal Festa no Céu e dançou de mias com o urubu. No outro dia quando foi trabalhar, além de cansada estava tontinha, tontinha
E foi aí que começou a confusão. Ela andava por aí com sua mochila cheia de filhotes e começou a entregar os filhotes para as famílias trocadas.
O primeiro filhote que resolveu entregar foi um ovo, porque tinha medo de que ele fosse quebrar, e o entregou para a família da Vaca Mimosa que quando acordou já estava chocando o ovo, a vaca ficou apavorada, mas quando o pintinho nasceu e falou “MUUUUUU”, ela se derreteu toda e nem se importou que fosse um animal com asas.
A Cegonha ainda muito atrapalhada entregou o restante dos filhotes trocados, o filhote de elefante foi entregue para a família dos cachorros que já tinha uma ninhada, os cachorrinhos ficaram espantados, pois não sabiam o que era rabo e o que era tromba, mas adoraram se enrolar nas orelhas do elefantinho.
A família dos coelhos que estava esperando uma ninhada se assustou ao receber um terneirinho todo malhadinho, mas pularam de felicidade quando viram como ele era bonitinho.
E para o espanto da galinha, que já não chocava nenhum ovo há dias, ganhou uma ninhada de coelhinhos.
A tartaruga que é tão lentinha acabou ganhando um bicho carpinteiro que a deixou doidinha, doidinha.
Os três porquinhos que agora moravam juntos na casa de tijolos, receberam um bebê lobo para cuidar, mas ele não era mau, era todo fofinho e peludo.
O Canteiro dos girassóis, que esperavam suas sementinhas, recebeu um beija-flor para beijar suas folhinhas e a Girafa que andava muito solitária acabou ganhando um girassol bem vistoso, e de tão contente que estava saiu cantando.

NÓS SOMOS UMA FAMÍLIA DIFERENTE, MAS QUE DÁ MUITO CARINHO PARA OS SEUS FILHOTES.

ENTÃO DEPOIS DE TANTAS TROCAS, O QUE SERÁ QUE ACONTECEU?

Aconteceu o que as crianças não esperavam, a Mochila desapareceu. Foi um grande dilema, quem será que pegou ela e por quê? Foram muitas as hipóteses levantadas pelas crianças, mas a que prevaleceu foi que a Cegonha pegou a nossa Mochila, mas como ela fez isso, se a Mochila estava lá no salão onde aconteceu a festa das mães, pois ela havia participado do teatro?
Imaginando junto com as crianças, decidimos então estudar tudo sobre as Cegonhas, nós professores tivemos que estudar e pesquisar muito, pois sempre buscamos ensinar o correto nunca informações falsas. A partir destes estudos, queríamos ver se descobríamos se realmente havia sido a Cegonha que pegou a nossa Mochila, o desejo de estudar as mesma, veio a partir de hipótese que as crianças levantavam, pois elas tinham a certeza que tinha sido a cegonha, então precisávamos conhecer tudo sobre as cegonhas, seus hábitos, foi durante estes estudos que as crianças sugeriram que gostariam de fazer um desenho da nossa escola e do desejo de ter a nossa Mochila de volta, para colocar estes no telhado da escola, foi então que descobrimos que as Cegonhas gostam de fazer os seus ninhos em telhados e chaminés. As crianças voaram na sua imaginação e tinham a convicção de que a cegonha viria buscar os desenhos, e, não é que mesmo eles desapareceram! Os desenhos foram postos no telhado, pelas crianças e professores, então no final do dia nós professores tirávamos os mesmo do telhado, para simular que a Cegonha veio buscar realmente os desenhos.
Só que agora pairava no ar aquela inquietação, a cegonha passou na escola ou quem pegou os desenhos? Foi então, que numa bela manhã quando voltávamos do refeitório, nos deparamos com a nossa Mochila pendurada nas árvores da escola. Quando já estávamos na sala, todos sentados na rodinha, com os olhinhos brilhando de excitação e curiosidade para ver o que havia dentro da Mochila, descobrimos que tinha uma cartinha dizendo assim:
Olá criançada!
Aconteceu que a dona cegonha sumiu com a mochila e eu fiquei muito bravo com ela que trocou o meu filhote, por isso, resolvi pegar a mochila para tentar encontrar o meu lobinho, mas estava com tanta pressa para assustar a chapeuzinho vermelho perdida no bosque, que sai correndo levando a mochila junto. e não é que depois de tanta confusão, o capuz da chapeuzinho vermelho acabou caindo dentro da mochila?”
Lobo mau.

E junto com a cartinha também veio o livro da história da Chapeuzinho Vermelho. E não vão acreditar, a capa dela também!
Depois desta malandragem do lobo, as turmas do nível 6 tiveram uma ideia muito legal, fazer uma capa amarela para a Chapeuzinho Vermelho que ficou sem a sua capa, pois conheceram a história da Chapeuzinho Amarelo, do autor Chico Buarque. Fizeram a capa e junto com ela queriam enviar uma carta.
ESTUDANDO OS LOBOS...
Inicia-se aqui uma nova etapa do nosso projeto, tendo a sequência nos estudos anteriores. Como conhecemos a história da Chapeuzinho Vermelho e da Chapeuzinho Amarelo e em ambas aparecia o personagem lobo e também porque o Lobo é que tinha pego a nossa Mochila, bom, depois de ouvir histórias de lobo mau e lobo bom a turma do nível 6 foi conhecer os lobos de verdade que vivem na floresta, como o Lobo Guará, e os lobos que vivem em lugares frios, onde cai neve, como o Lobo Cinzento e o Lobo das Montanhas. Gostaram tanto de conhecer aventuras de lobos que construíram com suas famílias lindos lobos com material reciclado e cada um veio com a sua história de lobo, que a criança criou com a sua família.
No meio de tantas histórias maravilhosas, desaparece novamente a nossa Mochila e no lugar ficou uma carta do Lobo Mau.
Olá Criançada!
Peguei algo de vocês emprestado, sabem o que é?
Pois é, foi a mochila de vocês. é que eu queria ir numa festa e precisava de uma mochila legal, mas não tinha, então, me lembrei da mochila da turma, que é muito fantástica e ainda mais aventureira. por isso, a peguei na sala de vocês e no lugar deixei esta cartinha. Como sei que são muito curiosos para saber a festa que eu vou, deixarei algumas pistas para que descubram que festa que irei.
Bom, a festa é muito animada, tem muita música alegre, ela tem enfeites coloridos de bandeirinhas por toda a parte, as pessoas que vão nesta festa usam roupas com remendos e bem coloridas também. como sou comilão, adoro a festa que vou, porque tem algo que adoro comer que eles vendem lá, que é a puxa-puxa e o pinhão.
Quero ver se vocês descubram a festa que vou, pois se descobrirem façam um lido desenho da festa com todos os detalhes que puderem, pois ela é uma festa animada e bem colorida.
Abraços do Lobo Mau.

Esta carta proporcionou às professoras criarem um novo teatro bem maluco e criativo, tivemos a idéia de um novo teatro, a partir do envolvimento das crianças no teatro do dia das mães, a participação das crianças foi igualmente intenso como no primeiro. O mesmo foi apresentado na Festa Junina da escola para as outras turmas da mesma. Confira ele abaixo:
A FESTA JUNINA DOS CONTOS DE FADA.

CRIANÇADA DO NÍVEL 6, RESOLVI QUERIA IR À FESTA JUNINA, MAS NÃO TINHA NENHUMA MOCHILA PARA LEVAR MINHAS COISAS, ENTÃO PEGUEI EMPRESTADO A MOCHILA DO NÍVEL 6 E ME FUI PRO ARRAIÁ.
CHEGANDO LÁ, A CONFUSÃO ERA GRANDE, UM MONTE DE BANDEIRINHAS PENDURADAS, O SACI-PERERE PULAVA FOGUEIRA, A BELA ADORMECIDA TOMANDO QUENTÃO, A MULA SEM CABEÇA COMENDO PUXA-PUXA E A BRUXA PERDIDA PROCURANDO UM PAR PARA DANÇAR A QUADRILHA NO CASAMENTO CAIPIRA.
E NÃO É QUE SOBROU PRA MIM? A BRUXA SAIU ME PUXANDO E SE PAROU NA  FRENTE DO PADRE PARA REZAR A MISSA DO CASAMENTO. O PADRE ERA O PRINCIPE ENCANTADO E DE TÃO APAIXONADO, COMEÇOU A RECITAR POEMAS CAIPIRAS.
HOCHENTE MINHA GENTE, SE APROXEGUEM QUE O CASÓRIO VAI COMEÇA. O NOIVO, ESTE LOBO TÃO MÁ DE BONZINHO, E ESTA BRUXA TÃO LINDA DE FEIA, QUEREM JUNTÁ OS TRAPOS E OS PÊLO.
OS PAIS DA NOIVA, SEU PORQUINHO BONIFÁCIO QUE PERDEU A CASA DE PALHA POR CAUSA DO SEU GENRO QUE ESTAVA COM ATAQUE DE ESPIRO, E, SUA EXELENTÍSSIMA MUIÉ, ISPOSA FIONA QUE ABANDONOU O SHEREK.
POIS É, SINHORZINHO LOBO CABRA MACHO, SE ACEITA ESSA BRUXA COM PERNA TORTA E OUTRA SECA PRA SE CASÁ E TÊ FIOTES COM OCÊ?
TEM REMÉDIO? SE NÃO TEM REMÉDIO PODE SÊ!!!
SENHORITA BRUXA, OCÊ ACEITA ESTE LOBO QUE GOSTA MUITO DE PORCO, PRA VIVÊ COM OCÊ?
AI, EU ACEITO SO!
ARGUÉM TEM ARGO CONTRA ESSE CASÓRIO? FALE AGORA OU SE CALE PARA SEMPRE.
ENTÃO NÃO É QUE O SHEREK CHEGOU ACOMPANHADO DO DESTEMÍVEL GATO DE BOTAS PARA SALVAR A FIONA? DEU UMA BAGUNÇA E EU APROVEITEI PRA SAIR FUGINDO DESTA LOUCURA TODA, POIS LOBO CASA COM LOBA E NÃO COM BRUXA MÁ.
E FOI ISSO O QUE ACONTECEU LÁ NO ARRAIÁ, QUER DIZER, NA FESTA DE SÃO JOÃO QUE FUI. OBRIGADA POR EMPRESTAREM A MOCHILA, DA PRÓXIMA VEZ VOU PEDIR EMPRESTADO PARA VOCÊS.
ABRAÇOS DO LOBO!

ENTÃO APARECE UMA CARTA CHEIA DE CORAÇÕES, UMA CARTA APAIXONADA, ADIVINHEM DE QUEM ERA!
ERA DA BRUXA!
A idéia desta carta veio a partir do teatro da Festa Junina, onde a bruxa quis casar com o Lobo. Queríamos que um novo personagem entrasse em nossa sala e para isso fizemos uma brincadeira com as crianças, deixamos a carta da Bruxa junto com uma vassoura, foi um momento muito fascinante, pois, as crianças acreditaram que a Bruxa tinha passado na nossa escola. Então como a Bruxa pediu para que enviássemos a carta para o lobo, decidimos (professores e crianças) colocar a mesma dentro da Mochila e pendurá-la numa árvore da escola, foi o que fizemos. E alguém pegou ela...
OLÁ CRIANÇADA!
DEIXEI UMA CARTA PARA O LOBO MAU, PARA QUE VOCÊS ENTREGUEM A ELE, POIS NÃO CONSIGO O ENCONTRAR, POR FAVOR, GOSTO TANTO DELE, VOCÊS ME AJUDAM A DESCOBRIR ONDE ELE ESTÁ? EU SEI QUE NA FLORESTA ELE NÃO ESTÁ MAIS, SE MUDOU PARA OUTRO LUGAR.
MEU QUERIDO E MARAVILHOSO LOBINHO ESTOU LHE PROCURANDO DESDE A FESTA JUNINA. MAS É TÃO DIFICIL TE ACHAR, PORQUE VOCÊ FOGE DE MIM, NÃO AGUENTO MAIS DE TANTA SOLIDÃO.
ONDE VOCÊ ESTÁ?
BEIJOS E ABRAÇOS APAIXONADOS DA SUA ADMIRADORA SECRETA.

A mochila aparece e reaparece sempre com uma novidade, ela desaparece de uma forma inusitada, e quando reaparece é mais inusitado ainda, pois as crianças descobrem quem pegou através de cartas assinadas.

O QUE VOCÊS IMAGINAM QUE ACONTECEU COM A NOSSA MOCHILA?

Para a nossa surpresa, adivinhem quem foi! Recebemos outra cartinha, desta vez cheia de surpresas...
Olá criançada!
Como sou muito curiosa e travessa, resolvi que queria viajar para rever os meus amigos, pois, fiquei sabendo que coisas estranhas estão acontecendo com eles, por isso, usei o meu pó de pirlmpinpin e acabei chegando na escola de vocês. Sabem o que eu encontrei? que me deixou muito curiosa?
E isso mesmo, a mochila que estava pendurada na árvore, a abri e nem acreditei, veja só o que achei, uma carta apaixonada da bruxa para o lobo, gostei tanto da mochila que resolvi levá-la comigo para o sítio do pica pau amarelo, e, a carta vocês querem saber o que fiz com ela? muito simples, mandei pelo pombo correio, como ele voa por toda a parte, ele deve achar o lobo. Fiquei com a mochila de vocês, pois como fiquei sabendo que ela é aventureira como eu sou, quero fazer uma pergunta:
- Posso ficar um tempo com a mochila de vocês para que eu e ela possamos nos aventurar juntas, prometo mantê-los informadissimos de tudo o que vamos fazer e descobrir, iremos compartilhar tudo. por favor, deixe, eu a devolvo assim que terminar as nossas aventuranças!
imagine você agora em um sítio, longe da poluição e da correria das cidades grandes. lá, você vai ouvir as fabulosas histórias de dona benta, uma velhinha simpática, e brincar com seus netos, pedrinho e narizinho. não se assuste se uma boneca de pano passar correndo e gritando ao seu lado: é só eu, a emília, fazendo mais uma de minhas travessuras. nesse sítio, tudo é possível: os animais falam e tem até o visconde de sabugosa, um sabugo de milho que é cientista!
E aí, conseguiu imaginar?
Então espero que façam um lindo desenho de como imaginam que é o sítio do pica pau amarelo onde moro. pois, espero que se aventurem comigo e a mochila, que é de vocês, eu so peguei um pouquinhno emprestada.
A, mandei um pouco do meu pó de pirlimpipim, como prova que estive aí hoje.
Beijos e abraços da menina travessa, que sou eu emília.
Até breve,mandarei a vocês tudo o que iremos descobrir.

A Mochila Aventureira passou por muitas aventuras diferentes e como relatamos: “Essa turminha já viveu muitas aventuras, mas ainda vai conhecer muitos personagens diferentes e muitas histórias ainda vão surgir de dentro da Mochila”. E foi o que aconteceu... Muitas histórias malucas conhecemos, muitos personagens conheceram a Mochila, muitos lugares a Mochila visitou  e, além disso tudo, as crianças e suas famílias puderam ter o privilégio de fazer parte  desta aventura bem de pertinho, recebendo a visita da mochila e uma grande amiga da turma “A Cuca”.
Chegando o Dia dos Pais, mandamos uma entrevista para os papais responderem juntamente com os seus filhos, esta foi sobre as profissões e sobre o que o pai gosta (músicas, comida preferida...), pois o tema da Festa do dia dos Pais era sobre as Profissões. A Emília muito esperta ficou sabendo destas entrevistas, e com o seu pó de pirlimpimpim foi até as salas e as leu. Após realizar a leitura, como é muito travessa, escreveu e enviou uma carta com a história muito maluca para a apresentação do Dia dos Pais. Este teatro foi igualmente emocionante como os outros dois anteriores, só que neste foi um pouco diferente, para completar a peça de teatro, cada criança vestiu-se com a roupa de trabalho do seu pai, e desfilou ao som da música que o pai mais gosta segundo as respostas dos pais a entrevista que enviamos para casa. Percebemos um brilho intenso nos olhos dos pais, pois seu filho desfilou com ao som da sua musica favorita e, para as crianças foi igualmente especial.

TEATRO NÚMERO 3:

A AVENTURA MALUCA DA EMÍLIA!

EMÍLIA UMA BONECA MUITO CURIOSA PEDIU AOS SEUS AMIGOS DO NÍVEL 6A E NÍVEL 6B QUE CONTASSEM EM CARTA O QUE SEUS PAPAIS TRABALHAM E FICOU ENCANTADA COM AS DIVERSAS PROFISSÕES.
PARA PODER COMPARTILHAR COM SEUS AMIGOS DOS CONTOS DE FADA, CONVIDOU TODOS PARA UMA RODA DE CONVERSA NO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO. CHEGANDO LÁ TODOS COMERAM BOLINHOS DE CHUVA E TOMARAM CHÁ FEITOS PELA TIA NASTÁCIA.
COMO SEMPRE ESSA BONECA TÃO AGITADA, DE TANTA ALEGRIA EM RECEBÊ-LOS, SEM QUERER TROPEÇOU NOS PÉS DA DONA BENTA E ESPALHOU POR TODA SALA O PÓ DE PIRLIMPIMPIM. O PÓ CAIU SOBRE TODOS OS SEUS AMIGOS E A BAGUNÇA ENTÃO COMEÇOU!
OS SEUS AMIGOS O LENHADOR, 3 PORQUINHOS, FERA, 7 ANÕES, SHREK, GATO DE BOTAS, PRÍNCIPE ENCANTADO, VISCONDE, TIO BARNABÉ, SACI PERERE, GIGANTE, JOÃO DO PÉ DE FEIJÃO, PINÓQUIO, PETER PAN, COM O ENCANTAMENTO DO PÓ QUE A EMÍLIA ESPALHOU, MUDARAM DE PROFISSÕES E PASSARAM A SER MOTORISTA, COMERCIANTE, MECÂNICO, POLICIAL MILITAR, PECUARISTA, SEGURANÇA, FUNCIONÁRIO PÚBLICO, INDUSTRIÁRIO, CALÇADISTA, AUXILIAR DE ESCRITÓRIO , AGRICULTOR, AUXILIAR DE CARGA, PEDREIRO, SERVENTE, TORNERO, BOMBEIRO E PARA COMEMORAR ESSAS PROFISSÕES TÃO DIGNAS DE RESPEITO DESEJAMOS A TODOS OS PAIS UM FELIZ DIA DOS PAIS!
E VAMOS A FESTA!

Depois de tantas festas e teatros malucos acontece algo novamente.
A Mochila sumiu de novo... E agora? Quem pegou?
            Nesta ida e vinda da nossa Mochila, muitos personagens a conheceram, como o Saci Pererê, que nos ajudou a estudar o Folclore Brasileiro e a Cuca, esta nos deu muito “trabalho”, pois não vão acreditar, ela conheceu um casal Gaúcho e nos mandou muitas informações sobre o Rio Grande do Sul, na Semana Farroupilha. E neste intercambio de informações, aconteceu algo inacreditável, maravilhoso e mágico, a CUCA visitou a nossa escola, esta visita nos fez refletir sobre os nossos sentimentos, o medo foi um deles, durante todos os contatos que tivemos com a Cuca é que fomos perdendo o medo e fazendo com que nos encantássemos mais com ela.
Neste jogo de vai e volta, é que percebemos como estava sendo maravilhoso este contato com os personagens, pois ficou nítido que as crianças estavam tendo um grande desafio para diferenciar o real do imaginário, as crianças tinham a convicção de que a Cuca que estava na parede(a Cuca de papel participou do teatro do Dia dos pais, como fazendo parte do cenário do teatro, então, nós professores tivemos a ideia de mandar a mesma para a escola. Como? Mandamos uma cartinha assinada pelo Saci Pererê, dizendo que ele não agüentava mais as confusões da Cuca no Sítio, então ele usou o pó de pirlimpimpim da Emília e transformou ela em papel e ainda alerta as crianças para não tocarem a mesma senão ela iria se transformar),   é a de verdade, mas aquela que apareceu na escola, deixou algumas crianças com a pulga atrás da orelha, alguns tinham certeza que era um professor que se vestiu e outros que realmente a Cuca tinha vindo na nossa escola. 
Promover trabalhos para diferenciar o real do imaginário é algo fantástico, se percebe que algumas crianças sabem diferenciar as duas coisas, mas continuam se encantando do mesmo jeito. É necessário ressaltar que, tanto no ambiente escolar como no familiar a criança convive com histórias irreais e fantasiosas com frequência, como contos de fadas ou desenhos animados, por exemplo, que estimulam o pensamento mágico e a imaginação. Nesta fase, ela está construindo seu senso de realidade, sua forma de ver e compreender o mundo que ainda é muito diferente dos adultos.  É comum que personagens irreais ou situações imaginárias tornem-se parte do diálogo infantil em situações cotidianas, tomando formas, às vezes, distorcidas, ou seja, pensamentos mágicos misturados com elementos da realidade. Podemos perceber muito bem isso com as nossas crianças, pois a partir dos seis anos que, essas criações fantasiosas tendem a diminuir, pois a visão de mundo e realidade já começa a estruturar-se de forma que a criança desenvolve maior habilidade para compreender o que se passa de forma concreta e real no ambiente.
Por isso, contar histórias e desenvolver o nosso projeto deixa bem claro que pode parecer um fato sem importância do ponto de vista de muitos adultos, mas é uma atividade de grande valor educativo, pois através dos contos a criança constrói o mundo das idéias abstratas e vivem experiências que enriquecem seu conhecimento real, estimulando sua imaginação com elementos da fantasia. Para que isso tudo se torne realidade nós professores corremos riscos como: risco de mais trabalho, risco de formulações no planejamento e principalmente risco de sair do fio condutor da situação e ainda risco de sair do óbvio e o maior de todos os riscos de conseguir estudantes mais questionadores e mais apaixonados pela literatura e donos de sua capacidade de fantasiar e imaginar.
Nesta história de inda e vindas é que envolvemos as famílias em mais uma tarefa, construírem um personagem do Sítio do Pica Pau Amarelo da sua escolha, e, vieram muitas obras de arte, todos se empenharam o máximo para realizar a construção com muito esmero e capricho.
Depois de tantos acontecimentos e aprendizagens, recebemos uma nova carta, antes desta recebemos outras dando dicas para esta, junto com uma nova, grande e fascinante aventura, esta foi deixada no chão da sala, e foi um momento mágico, porque fazia dias que  a Emília e a Mochila não se comunicavam conosco.

OLÁ CRIANÇADA!

COMO VOCÊS ESTÃO? EU ESTOU MUITO BEM E CHEIA DE NOVIDADES PARA CONTAR! SEI QUE VOCÊS ESTÃO MUITO CURIOSOS EM SABER PARA ONDE EU FUI VIAJAR E QUEM EU LEVEI JUNTO NESTA INESQUECIVEL E ENCANTADORA VIAGEM.
BOM... ENTÃO IREI COMEÇAR...
O LUGAR ENCANTADOR QUE ESTOU CONHECENDO E QUE É UM ESTADO DOS ESTADOS UNIDOS SE CHAMA ALASCA. É UM LUGAR MUITO INTERESSANTE E LINDO. MANDO MUITAS INFORMAÇÕES SOBRE O ESTADO DO ALASCA E MUITAS FOTOS TAMBÉM.
A PESSOA QUE LEVEI JUNTO COMIGO PARA ESTA VIAGEM É O VISCONDE DE SABUGOÇA, POR SER UM CIENTISTA MUITO LOUCO E COM MUITA VONTADE DE APRENDER E QUANDO FICOU SABENDO PARA ONDE EU IRIA VIAJAR, QUIS LOGO VIR JUNTO.
PASSEI PELA ESCOLA DE VOCÊS E VI QUE ESTÃO CONSTRUINDO UM PASSAPORTE, ACHEI ESTA IDÉIA MUITO LEGAL, POIS PARA PODERMOS VIAJAR PARA OUTRO PAÍS PRECISAMOS DELE PARA ENTRAR NO PAÍS. QUANDO ESTES PASSAPORTES ESTIVEREM PRONTOS COLOQUEM ELES DENTRO DA MOCHILA QUE LEVAREI-OS JUNTOS PARA CARIMBA-LOS. TAMBÉM ENCONTREI OS DESENHOS QUE FIZRAM SOBRE QUAL TRANSPORTE QUE USEI PARA ME DESLOCAR PARA O ALASCA, POIS COMO O ALASCA É MUITO LONGE DO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO FUI ENTÃO DE NAVIO. TAMBÉM ESTOU MANDANDO INFORMAÇÕES SOBRE OS MEIOS DE TRANSPORTES QUE EXISTEM E FOTOS TAMBÉM.
A MAIOR NOVIDADE EU AINDA NÃO CONTEI PARA VOCÊS, QUEREM SABER?
SABEM O QUE EU ENCONTREI NO ALASCA E QUE TEM NO SÍTIO?
UMA CAVERNA QUE NEM A CAVERNA DA CUCA, A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE AS DUAS CAVERNAS É QUE A CAVERNA DA CUCA É DE PEDRA E TERRA E A CAVERNA QUE ENCONTREI AQUI NO ALASCA É DE GELO. EU E O VISCONDE QUEREMOS EXPLORAR ESTA CAVERNA, POIS ELA É MUITO LINDA E ENCANTADORA.
TAMBÉM FIQUEI SABENDO QUE VOCÊS ESTÃO TENDO ATIVIDADES DIFERENTES NA ESCOLA, POR CAUSA DO DIA DAS CRIANÇAS. É VERDADE?
TAMBÉM FIQUEI SABENDO QUE HOJE DE NOITE VOCÊS TERÃO A NOITE DO SONINHO, E POR ISSO EM ALGUM MOMENTO DO DIA DE HOJE DEIXAREI UMA SURPRESA PARA VOCÊS. COMPREI ESTA SURPRESA AQUI NUMA LOJA DO ALASCA. ACREDITO QUE IRÃO ADORAR ESTA SURPRESA.

Esta carta nos traz uma aventura maravilhosa, pois iniciamos um estudo, pesquisamos sobre um lugar tão distante de nós e ao mesmo tempo tão próximo. Falamos sobre o Alasca, buscamos mostrar no Mapa Mundi e no Globo Terrestre onde se localiza, mas depois de estudar tanto, ficamos com uma pulga atrás da orelha, como será que a Emília e o Visconde chegaram até lá? As crianças sugeriram várias maneiras entre elas: de navio, de avião, de submarino ou até com o pó de pirlimpimpim. Ficou bem claro para as crianças que para viajar para um lugar, ou seja, outro país do outro lado do oceano, só se pode viajar de avião ou navio, a Emília e o Visconde foram de navio, então também estudamos os meios de transporte que existem. Pode-se perceber a alegria das crianças na hora de desenhar o meio de transporte, pois se preocuparam com todos os detalhes da viagem da Emília e do Visconde.
No meio de tantas aprendizagens, também aprendemos que para podermos viajar para outro país é necessário que tenhamos um Passaporte, por isso, estudamos e pesquisamos como se faz um Passaporte passo a passo.
Outro momento especial do projeto foi a Festa a Fantasia, onde havíamos montado numa sala da escola a caverna da cuca e o Sítio. Percebemos a importância deste evento, pois nos dias que se antecedia a festa, tínhamos que fazer os preparativos para a tal e uma delas era confeccionar o convite para entregar a todas as turmas da escola, ficaram lindos, pois as crianças fizeram em grupos, a alegria era muita, ficaram verdadeiras obras de arte.
No meio de tantas aprendizagens e descobertas, as crianças receberam de presente de dia das crianças,uma boneca Cuca, que a Emília e o Visconde compraram no Alasca, esta boneca as crianças chamam de “Cuca Alascana”, ela veio junto com um diário. A boneca Cuca começou a visitar as casas das crianças, e, foi a partir dalí que percebemos que aquele receio que tinham da Cuca foi se desfazendo, para se tornar um encantamento, e não só as crianças que se encantaram, também os pais, que deixam claro no registro do diário que gostariam que ela ficasse mais tempo nas suas casas, outro ponto muito importante é o cuidado que eles tem com a Cuca, a Mochila (que também vai junto às casas das crianças) e o diário, pois sabem que precisam cuidar para não estragar, porque elas vão na casas de outras crianças também.
Também aprendemos a nos comunicar por E-mail, recebendo e escrevendo cartas para a Emília, percebemos que é muito importante trabalhar desta forma, pois, o real e o imaginário se tornam um só.
Com a chegada do fim do ano e uma data muito importante está para chegar a Emília não poderia deixar de conhecer um lugar mágico e cheio de encantamentos: A fábrica de brinquedos do Papai Noel e principalmente o próprio Papai Noel no Pólo Norte, sendo esta a época mais esperada pelas crianças.
Estas foram as aventuras que vivenciamos durante este ano com a Mochila Aventureira, muitos momentos emocionantes passamos juntos, muitas coisas aprendemos, e como diz a autora Kátia Stocco Smole:

“ENQUANTO A CRIANÇA VIVE EM UM MEIO SOBRE O QUAL PODE AGIR, DISCUTIR, DECIDIR, REALIZAR E AVALIAR COM SEU GRUPO, A CRIANÇA ADQUIRE CONDIÇÕES E VIVE SITUAÇÕES FAVORÁVEIS PARA A APRENDIZAGEM”.