terça-feira, 8 de janeiro de 2013


         Projeto sobre o Brincar na Educação Infantil





                     APRESENTAÇÃO:

            Brincar é o principal modo de expressão da infância, a ferramenta por excelência para a criança aprender a viver, revolucionar seu desenvolvimento e criar cultura. Em especial o brincar de faz-de-conta é apontado por diferentes pesquisadores como ligado à promoção da capacidade de imaginar. Proporcionadas ao brincar de faz-de-conta, as crianças buscam superar contradições, motivadas pela possibilidade de lidar com o acaso, com a regra e a ficção e pelo desejo de expressar uma visão própria do real.
            Brincar é uma atividade aprendida na cultura que possibilita que as crianças se constituam como sujeitos em um ambiente que continua mudando.
                                                     “Brincar não é para levar a lugar nenhum, porque quem brinca... Já chegou."                                         (RUBEM ALVES)           
            Atualmente passamos por uma crise muito séria na educação, professores descontentes, pais preocupados e alunos desmotivados. É preciso um novo olhar no papel social e educativo tanto para o lado interno como o lado externo da escola, revigorando as direções, posições e medidas a serem adotadas.
            O primeiro passo a ser dado para melhorar esta crise deve se dar através da modificação nas políticas para a educação, maior valorização do educador entre outros aspectos , além da necessidade da formação continuada dos educadores, o aprimoramento dos saberes em relação ao desenvolvimento de um outro olhar para a ludicidade, como forma de aprendizagem, que na verdadeira se tornar um recurso mais atraente e estimulador para a construção do conhecimento.
            Este projeto apresenta a importância do brincar na educação infantil, pois os jogos e as brincadeiras não são formas mágicas, que possam solucionar todos os problemas da criança, mas ajudam no seu desenvolvimento como ser total, facilitando a descoberta do sujeito dentro de suas singularidades.
            As crianças perpetuam e renovam as culturas infantis, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitoria da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-a a cada novo brincar.
            O faz-de-conta é uma atividade de grande complexibilidade, uma atividade lúdica que desencadeia o uso da imaginação criadora. Pelo faz-de-conta a criança pode reviver situações que lhe causam excitações, alegria, medo, tristeza, raiva e ansiedade. Ela pode trabalhar as fortes emoções, muitas vezes difíceis de suportar. A partir de suas ações nas brincadeiras, explora diferentes representações que tem destas situações difíceis, podendo melhor compreende-las ou reorganizá-las.
            As teorias sócio-construtivistas recebem o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, onde as crianças não são passivas nem meras receptoras das informações que estão a sua volta.
“Na brincadeira infantil a criança assume e exercita os vários papeis dos quais interage no cotidiano. Ela brinca de ser o pai, o cachorro, o motorista, jogando estes papeis em situações variadas.” (OLIVEIRA, 1992; pág 57)

De acordo com Vygotsky (1998), o faz-de-conta é uma atividade importante para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois exercita no plano da imaginação, a capacidade de planejar, imaginar situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras inerentes a cada situação.
“A situação imaginária, de qualquer forma de brinquedo, já contém regras de comportamento, embora possa não ser um jogo de regras formais estabelecidas. A criança imagina-se como mãe da boneca e a boneca como criança e dessa forma, deve obedecer às regras do comportamento maternal.” (VYGOTSKY, 1998; pág. 124)


                                          JUSTIFICATIVA:
         Os Referenciais Curriculares Nacionais trazem, em seus objetivos o brincar na educação infantil, entre o conhecimento e exploração do corpo, os cuidados, a segurança e a autonomia, estão à participação em brincadeiras, objetos e espaços para brincar.
            O brincar de faz-de-conta visa trabalhar de forma lúdica e de vivência, estimulando o raciocínio lógico, a criatividade e auxiliando as crianças no processo de construção do conhecimento. O desenvolvimento deste projeto pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades das crianças de compreenderem e transformarem a realidade. Tendo em vista que, o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ela favorece os desenvolvimentos físicos, cognitivos, afetivos e principalmente a interação e o respeito pelos colegas e amigos.
                                                     “O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir.”
(JEAN PIAGET)

OBJETIVO GERAL: 

       Proporcionar as crianças oportunidades de ampliar seus conhecimentos através de atividades lúdicas interativas e de vivencia para que as crianças possam se desenvolver integralmente.

                     OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

·         Estimular novos conhecimentos, habilidades e pensamentos lógicos
·         Apresentar histórias infantis na qual as crianças se identifiquem com os personagens e resolvam conflitos do seu dia-a-dia
·         Proporcionar diversas brincadeiras na qual estimule o respeito, equilíbrio e ritmo nas crianças
·         Proporcionar situações na qual estimule e explore a imaginação da criança no brincar
·         Oportunizar, através das brincadeiras, interação com adultos e outras crianças
              PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
  • Resgatar brincadeiras infantis;
  • Resgatar valores e respeito entre uns e outros;
  • Resgatar a importância do brincar na Educação Infantil;
  • Promover horas do brincar coletivo;
  • Estimular o brincar para explorar sua imaginação;
  • Promover diálogo entre educando e educador;
                              CRONOGRAMA: 

                     
   Observação:
·      Observação do espaço físico da escola
·  Observação do Projeto Político pedagógico da escola, bem como os Planos de Estudos e Regimento Escolar
·      Observação das rotinas diárias da escola
·      Observação dos estudantes em sala de aula
·      Observação da relação professor/estudante
·      Observação dos recursos didáticos disponíveis na escola

Co-participação:
·      Participar do planejamento das atividades diárias da turma
·      Participar das reuniões pedagógicas e administrativas
·      Participar no auxílio do preenchimento do diário de classe e na elaboração de pareceres descritivos das crianças

Regência:
O planejamento é a forma do professor organizar uma ação, um pensamento, uma intencionalidade, traçando caminhos para alcançar os objetivos propostos. O educador pensa e organiza o que irá fazer e o que acontecera durante o dia em sala de aula, tornando - se, necessário que revisem as atividades que planejarem e realizarem, refletindo  se estas foram as formas adequadas ao interesse e à necessidade do aluno.
“ O planejamento é o processo contínuo e dinâmico, de reflexão, tomada de decisão colocada em prática e acompanhamento”  (VASCONCELLOS, 200; pág.80).

Planejar  é um pensamento estratégico do professor, sendo um recurso para elaboração de suas aulas, no qual ajuda a esclarecer e tomar decisões fundamentais preparando e prevendo conteúdos necessários para sua aplicação em sala de aula.   
“A finalidade do planejamento é criar e organizar o trabalho. Por tanto, deve ser objetivo verdadeiro, crítico e comprometido”( VASCONSELLOS, 1995, pág. 60).

O planejamento pode e deve ser um instrumento norteador para o educador infantil, pois ele possibilita um trabalho mais significativo e transformador em sala, tendo em mãos o que possa estimular a curiosidade e interesses entre os educando e no qual irá ajudar a avaliar o desempenho de cada um.
“Planejar é essa atitude de traçar, projetos, programas, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento , de interação, de experiências múltiplas e significativas para o grupo de crianças. Por isso não é uma fôrma! Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para sua prática pedagógica. (OSTETTO, 2002; pág. 177)



                          AVALIAÇÃO: 
A avaliação será realizada através de parecer descritivo, após observar a participação e interesse do estudante nas atividades e jogos propostos, respeitando a fase de desenvolvimento de cada um.

        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANTUNES, Denise Dalpiaz - Disponível em:
http://www.pucrs.br/edipucrs/online/semanaletras/ArtigosNotas_PDF/DeniseDalpiazAntunes.pdf
OSTETTO, Luciana Esmeralda - Planejamento na Educação Infantil. Disponível em:
http://www.komarca.com.br/diariodacreche/planejamento_na_educ.htm
HÜLSMANN, Elisabeth Disponível em: http://wwwelisabethbauerinfancia.blogspot.com/2007/07/planejamento-na-educação-infantil.html
BASEADOS, EULÁLIA, HUGHET, TERESO, SOLÉ, ISABEL - Aprender e ensinar na educação infantil trad. Cristina Maria de Oliveira - Porto Alegre: Artmed: 1999
BRAGA, Ana Lucia de Abreu; ARAÚJO, Nanci Cássia do Amaral - Brincar Faz-de-conta. Disponível em: http://www.profala.com/arteducesp101.htm